Dicas dos especialistas

Conheça os riscos no superaquecimento para a junta e o cabeçote do motor

→ Falhas no sistema de arrefecimento provocam queima da junta, trinca e empeno no cabeçote

→ Avarias podem paralisar funcionamento e necessitar de retífica do motor

→ Supervisor da Takao explica causas e como proceder em caso de avarias

Sabia que uma trinca ou o empeno no cabeçote de motor, assim como uma junta de cabeçote queimada podem causar graves problemas ao motorista? Ocorrências sérias, como um cabeçote trincado ou empenado, exigem muito mais do que uma nova junta para ser reparado e conhecer, de fato, com qual problema se está lidando é fundamental para a realização de um serviço correto.

Sinais de problemas com a junta e com o cabeçote

Os sintomas de um cabeçote com trinca ou empenado e de uma junta de vedação danificada são semelhantes. Por isso, é preciso bastante atenção ao notar um ou vários indícios de problemas, tais como:

·       Superaquecimento do motor;
·       Baixo nível do fluido de arrefecimento;
·       Fumaça branca saindo do escapamento;
·       Borbulha do fluido no radiador e no depósito de expansão;
·       Perda do fluido de arrefecimento sem a comprovação de vazamentos;
·       Coloração branca leitosa no óleo;
·       Falhas na ignição e no funcionamento do motor;
·       Vazamento de óleo do motor e do fluido do radiador;
·       Acendimento da luz de verificação do motor no painel de instrumentos.

O risco do superaquecimento do motor

Entre as causas que levam à queima da junta de cabeçote, trinca ou empenamento no cabeçote do motor está o superaquecimento, sendo a junta de vedação do cabeçote o elo mais fraco dos dois. “Na maioria dos casos, essa peça falha antes que o cabeçote trinque ou empene, mas às vezes, ambos podem sofrer avarias, provocadas devido às deficiências no sistema de arrefecimento”, explica Marlon Silva, coordenador técnico da Takao.

Uma das fontes do superaquecimento pode ser o baixo nível do líquido de arrefecimento, essencial para manter a temperatura de trabalho dentro dos parâmetros de funcionamento definidos pelo fabricante. Esse limite pode variar entre 90ºC e 110ºC, sendo que um bom fluido arrefecedor atua como um aditivo, elevando o ponto de ebulição para além deste limite. No entanto, falhas nas mangueiras, bomba de água, válvula termostática ou sensores também podem contribuir para o aumento da temperatura interna, comprometendo os demais componentes, entre eles, a junta do cabeçote. 

Uma correia quebrada, que faz com que a bomba d'água não funcione mais ou uma avaria no ventilador elétrico são outros motivos que podem causar o superaquecimento do motor. “Hoje, como temos motores menores e mais potentes e com maior taxa de compressão, eles tendem a ficar mais quentes; e, muitas vezes, não estamos atentos com seu bloco, que empena com muito mais frequência”, complementa o supervisor da Takao.

Diagnóstico e reparo

Como as causas da queima da junta, da trinca e do empeno do cabeçote são semelhantes, a única maneira de ter um diagnóstico definitivo é remover o conjunto e fazer uma inspeção visual detalhada. Em muitos casos, o cabeçote precisará ser enviado para uma retífica, para a realização de um teste de pressão para determinar se há rachaduras, empenamento ou outras avarias. Somente após esse processo, será possível decidir quais reparos serão necessários.

Embora seja trabalhoso, a substituição da junta do cabeçote é um reparo comum e econômico. Já substituir um cabeçote trincado, exige muito mais trabalho e pode ser bem mais caro, já que requer a realização de uma retífica em oficinas especializadas. Além disso, o superaquecimento do motor que causou a trinca do cabeçote pede uma investigação mais aprofundada para garantir que a extremidade inferior do motor esteja em boas condições para garantir a substituição do cabeçote, assim como do sensor de oxigênio e, possivelmente, também, do catalisador. No entanto, se as avarias chegarem ao ponto de empenarem o bloco do motor, somente a substituição por um novo conjunto motriz resolverá o problema.

“A realização de revisões preventivas, de acordo com o manual do fabricante, é ainda a melhor maneira de se evitar riscos à integridade do veículo. Muitas panes severas começam com pequenas falhas que poderiam ter sido solucionadas em uma simples revisão de rotina”, complementa Silva.

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